Quando uma companhia tem valores a receber e não pode esperar todas as dívidas serem pagas para dar continuidade em seu negócio, a securitizadora entra em jogo.
A securitizadora é a empresa que compra aquilo que as pessoas estão devendo à uma certa companhia, assim, esta recebe antecipado por uma dívida que ia receber só lá na frente. Em troca, a securitizadora fica com um pedaço do valor. Por exemplo, um cliente da sua empresa vai pagar R$ 1 mil reais daqui um mês, mas você precisa do dinheiro agora. Uma securitizadora te pagaria R$ 900 hoje e receberia do cliente os R$ 1 mil daqui um mês.
Essas dívidas são transformadas em títulos e negociadas com investidores. Abaixo, entenda melhor como funciona.
A securitizadora é uma empresa – caracterizada como Sociedade Anônima – responsável por obter bens de uma companhia. Esses ativos financeiros são transformados em títulos mobiliários (ações).
Um estabelecimento vende certa quantidade de mercadoria para um cliente, que opta por realizar o pagamento à prazo. Ao invés de esperar todas as parcelas serem pagas, a companhia vende o débito para a securitizadora e recebe o valor antes.
Os termos securitizadora e securitização caminham juntos – não dá para separar um do outro. A expressão tem origem americana e, nos Estados Unidos, está ligada à prática de hipoteca.
Aqui no Brasil, portanto, securitização nada mais é que o processo de conversão de ativos de uma empresa em títulos mobiliários possíveis de serem negociados.
Em palavras mais simples: securitização é uma maneira de transformar ativos financeiros individuais sem liquidez em títulos mobiliários com liquidez
No processo de securitização, existem três partes envolvidas: a empresa, a securitizadora e os investidores.
Empresa: a companhia que vai oferecer os direitos dos créditos à securitizadora, vendendo a dívida para que a mesma seja transformada em investimento.
Securitizadora: é a empresa responsável por comprar a dívida da companhia, usá-los para emitir títulos mobiliários e deixar os títulos disponíveis para serem negociados por investidores, por meio da emissão dos Certificados de Recebíveis Imobiliários e Agrícolas (CRI e CRA).
Investidores: é ele que aplica nos títulos, gerando recursos e possibilitando à securitizadora pagar a companhia da qual comprou a dívida.
Vale dizer que os investidores podem ser pessoas físicas ou jurídicas, responsáveis pela cobrança individual das dívidas.